quarta-feira, 29 de outubro de 2008

5ª série - As Rochas - aula 15




15. AS ROCHAS

Os geólogos são os responsáveis pelo estudo das teorias da história da Terra, partiram daquilo que podiam observar de perto: as rochas que existem hoje e que se distribuem desigualmente pela superfície do planeta.
Comparando-as, estabelecendo seus elementos constitutivos, observando sua resistência maior ou menor, eles puderam reconstruir não só a história do planeta mas também a história dessas rochas, bem como seu ciclo de desenvolvimento.
Sabemos que a superfície terrestre ou crosta é a parte sólida do planeta. Essa parte sólida é constituída de vários elementos químicos, distribuídos de forma desigual, com grandes variações de peso e volume. De forma geral, aparecem formando compostos que constituem os minerais que, agrupados, dão origem às rochas – granito,riólito, basalto, diabásio, calcário, etc.
Na crosta, existem mais de 2.000 minerais que o homem utiliza desde a Antiguidade. Nas áreas onde ocorre concentração de minerais e viabilidade de exploração econômica, esses minerais são chamados de minérios.
Tomando como critério a forma como surgiram, as rochas são divididas em três tipos: as rochas magmáticas, as rochas sedimentares e as rochas metamórficas.
· Rochas magmáticas ou ígneas – (Riólito, Basalto, granito, Pedra-pomes, etc) – são as rochas que se formam quando o magma (o material do manto) esfria e se solidifica. Há aquelas que servem de base para a crosta e que ficam em profundidades maiores, preenchendo fundos ou entre camadas de outras rochas – essas são chamadas de intrusivas. Nessas condições, o resfriamento do magma é mais lento e forma rochas com uma granulação mais grosseira.
Outras rochas magmáticas forma-se na superfície, a partir do resfriamento rápido das lavas lançadas pelos vulcões – são chamadas de extrusivas.
Por causa da rapidez com que se resfria, sua granulação é fina.. As áreas onde essas rochas ígneas se concentram na superfície são chamadas de escudos.
· Rochas sedimentares – (giz, arenito vermelho, halita, laranja, etc) – são as rochas que se formam a partir da acumulação e consolidação de sedimentos – partículas de rochas ou de matéria orgânica, originadas pelo desgaste de rochas feito pela água, pelos ventos ou pelo depósito de restos de seres vivos.
Sua principal característica é apresentar camadas ou estratos. Cada camada representa um período de deposito de um ou outro tipo de sedimento – cada camada nova é depositada em forma horizontal sobre as anteriores.
É nesse tipo de rochas que se acumulam restos de vegetais e animais tanto terrestres quanto marinhos, e, portanto, é nelas que aparecem dois grandes recursos energéticos utilizados pela indústria atual: o carvão e o petróleo. As áreas onde ocorrem esses depósitos são chamadas de bacias sedimentares.
· Rochas metamórficas – (gnaisse, ardósia, mármore, etc) – A palavra metamorfose, significa transformação e isso significa a mudança de alguma coisa já existente em outra.
Ora, as rochas metamórficas são exatamente isso – rochas sedimentares ou magmáticas que, em virtude de alguma alteração física (aumento de pressão e/ou calor), transformam-se em um outro tipo de rocha. Algumas delas encontramos em nossas próprias casas, como o mármore, por exemplo.
A crosta e, portanto, as rochas sofrem processos de mutação constante – muitas das rochas que surgiram nas primeiras eras geológicas já refundidas graças à movimentação das placas tectônicas e outras “nasceram” a partir dessa mesma mobilidade. Ainda mais, a atuação do clima, das águas, das geleiras, enfim, a exposição dessas rochas na superfície acaba por desgasta-las.
Portanto, temos o ciclo das rochas e uma das possibilidades é: erosão; deposição e cimentação; alteração de pressão e temperatura; fusão; erupção e resfriamento, está aí um processo de mutação das rochas.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

3º ano E. Médio - aula expositiva - Relevo e hidrografia africana - aula 16


















































































2º ano E. Médio - aula expositiva - Qualidade de vida e alguns indicadores - aula 16










2º ano E. Médio - Qualidade de vida e indicadores da população brasileira - aula 16




16. Qualidade de vida e alguns indicadores da população brasileira


Em 2000 a esperança ou expectativa de vida do brasileiro era de 68 anos em média. Embora tenha aumentado nas últimas décadas, ainda é baixa quando comparada com a dos países desenvolvidos, como Japão – 80,6 anos em média, Suécia 78,6 anos, Holanda 78 anos, ou mesmo países subdesenvolvidos como Cingapura 77 anos e Argentina 73,2 anos. E ela não é a mesma para todas as classes sociais: é maior para as de mais alta renda e bem menor para as de baixa renda.
Como a distribuição da renda no Brasil tornou-se cada vez mais concentrada nas últimas décadas, essa diferença se agravou, pois as camadas de baixa renda passaram alimentar-se pior e a sofrer problemas de subnutrição, o que reduziu bastante sua expectativa de vida em relação as camadas de alta renda. E mesmo que porventura haja diminuição na porcentagem dos que ganham um salário mínimo ou menos, isso não significa necessariamente uma melhoria, pois os preços muitas vezes sobem proporcionalmente mais que o salário mínimo.
Outro elemento importante para aferir a qualidade de vida de uma população é o índice de mortalidade infantil. Ele refere-se ao numero de crianças que morrem antes de completarem u ano de idade e também costuma ser expresso por mil (quantidade de crianças com até um ano de idade, em cada grupo de mil, morreram durante um ano). No Brasil os índices médios de mortalidade infantil – apesar de terem diminuído nas últimas décadas – ainda são muito altos: 35‰, enquanto na Suécia são de apenas 5‰ e nos Estados Unidos de 7‰. Mesmo alguns países subdesenvolvidos têm índices de mortalidade infantil bem menores que os do Brasil, como Paraguai 29‰, Coréia do Sul 9‰, Argentina 22‰ e Tailândia 29‰, além de outros .
Esses índices relativamente elevados têm duas causas principais: os rendimentos da família, consequentemente, sua alimentação e as condições higiênicas e sanitárias locais – rede de esgotos, água, condições de habitação, etc. assim, eles variam muito conforme a região, a cidade – as camadas de renda mais alta, uma minoria da população total, apresentam baixos índices de mortalidade infantil, ao passo que as camadas de rendimento mais baixo têm índices maiores que a média do país.
Também no que diz respeito à escolarização, a população brasileira ocupa posição inferior à dos países desenvolvidos e mesmo à de inúmeros subdesenvolvidos. Cerca de 14% dos brasileiros com mais de dez anos de idade não sabem ler nem escrever, sendo, portanto, analfabetos. O Brasil é um dos nove países do mundo que possuem mais de 15 milhões de analfabetos, enquanto muitos países do sul já conseguiram reduzir a quase zero suas taxas de analfabetismo, por exemplo Uruguai 2,5%, Coréia do Sul 2,8%, Chile 4%, Cuba 4%. Quanto ao ensino médio, a porcentagem dos brasileiros que o cursaram é de apenas 7%; na Malásia, esse número sobe para 21% e na Coréia do Sul para 56% da população total.
No que se refere à nutrição da população brasileira, as pesquisas mais recentes do IBGE mostram que a média de consumo de alimentos no país está dentro do mínimo considerado recomendável pela FAO(Organização de Alimentação e Agricultura da ONU) E OMS(Organização Mundial da Saúde), ou seja, uma alimentação balanceada em torno de 1 000 gramas ou 2 500 calorias por dia. A média nacional está cerca de 3% acima desse padrão.
Mas há regiões, especialmente o Nordeste, em que o consumo fica abaixo dessa média nacional. Aliás, nas camadas populacionais de baixa renda, em todo o país, o consumo diário de calorias, proteínas e vitaminas é muito baixo, caracterizando, muitas vezes uma desnutrição, que, especialmente nas crianças, ocasiona várias conseqüências, como deficiências de pesos e estatura, retardamento mental e menor resistência às doenças.
É preciso lembrar que as desigualdades sociais no Brasil estão entre as maiores do mundo e que uma média apenas 3% do mínimo recomendável indica que, como a minoria rica consome muito, a maioria da população, em especial as camadas de baixa renda, tem necessariamente um nível de consumo alimentar bem abaixo desse mínimo. Mesmo países como Holanda e Suécia, onde as desigualdade sociais não são tão intensas, apresentam diferenças no consumo alimentar de acordo com as faixas de renda. Só que nesses países há um índice médio bem acima – cerca de 30% - do padrão mínimo recomendável.
Considerando vários indicadores relativos à qualidade de vida da população – expectativa de vida, escolaridade, saúde e nutrição, rendimentos, etc – o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), elaborou um índice de avaliação denominado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), aplicado a 174 países e atualizado anualmente. Ele obedece a uma escala de 1 a 0, sendo que as nações com melhores condições de vida – como Canadá, Japão e Suíça – têm IDH próximo de 1, ao passo que aquelas com os piores padrões médios de vida – como Serra Leoa, Etiópia e Níger – têm IDH mais próximo de 0. no levantamento de 2000, o Brasil aparece na 74ª posição, no meio dos Estados com IDH médio.
Mas existem grandes diferenças regionais no Brasil e algumas áreas ou regiões têm IDH maior e outras menor. Uma pesquisa feita em 1996 pelo governo brasileiro em colaboração com a ONU, mostrou que existem várias situações diferentes no IDH no Brasil.
A região, que abrange todo o sul do país até São Paulo – e também Rio de Janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais – , possui o IDH mais elevado. Isso indica que os indicadores da qualidade de vida são em média maiores aí que no restante dos país.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

5ª série - aula expositiva: A estrutura da Terra - aula 13.


























3º ano E. Médio - O relevo e a hidrografia africana.



16. O relevo e a hidrografia africana


O continente africano é uma vasta plataforma tabular, onde predominam os terrenos cristalinos e uma série de planaltos (600 a 700m de altitude). São vastos platôs sedimentares ou superfícies aplainadas pela erosão, dos quais sobressaem picos rochosos isolados, semelhantes ao Pão-de-Acúcar. Os planaltos são elevados no litoral e descem bruscamente para o mar em degraus abruptos.
Para o interior o relevo é suave. Formaram-se grandes bacias, as quais são de dois tipos: endorréicas ou fechadas (sem saída para o mar), como as dos lagos Tchad e Ngami, cuja extensão se reduz bastante durante a estação seca; e exorréicas ou abertas, como as dos rios Congo, Nilo e Zambeze, que foram erodidas nas costas e passaram a ser drenadas por rios poderosos, os quais abriram caminho até o mar, atravessando planaltos e relevos litorâneos.
Cadeias montanhosas:
§ Norte: observam-se cadeias de dobramentos recentes, com grandes saliências. É a chamada África Menor ou Magreb, onde se destaca a Cadeia do Atlas. Formado por alinhamentos de cadeias, o Atlas possui ainda uma zona de planaltos; seus cumes nevados e seus vales de origem glacial evocam as montanhas alpinas; sua altitude é superior a 4.000m de altitude.
§ Sul: encontramos um extenso planalto, formado pela Cadeia do Cabo e pelos montes Drakensberg (3.335m).
§ Leste: destacam-se 0 Maciço da África Oriental, com seu planalto lacustre e imponentes vulcões, que acompanha toda a porção oriental da África, desde a Etiópia até Moçambique; é o Maciço da Etiópia ou Abissínia, próximo ao Mar Vermelho.
§ Oeste: próximos ao Golfo da Guiné, encontramos o Maciço dos Camarões e o Fouta Djalon.
Na faixa oriental da África, sobre o Maciço da África Oriental, encontramos gigantescas montanhas de origem vilcânica. Destacam-se:
§ Monte Quilimanjaro ou Quibo – ponto culminante da África, com 5.893m de altitude. Também conhecido como Montanha Branca, pela presença de neves eternas no seu cume, situa-se entre o Quênia e a Tanzânia.
§ Monte Quênia – segundo da África, com 5.100m de altitude, situa-se no interior do Quênia e é vulcânico.

Desertos:
O Saara – é o maior deserto do globo (7 milhões de Km²), corresponde a um imenso peneplano que vai do Atlântico ao Mar vermelho, ocupando todo o Norte da África. É uma vasta região de rochas e areia, caracterizada por uma aridez desoladora. As temperaturas são elevadíssimas durante o dia, chegando a 59ºC na Líbia; mas durante a noite a temperatura cai bastante, podendo atingir até 0ºC. os curso de água (uerds), mais comuns na periferia, são temporários ao
norte e ao sul, e só fluem quando chove, terminando sempre espraiados em bacias de drenagem interna.
Há três tipos de desertos – o hamada, uma espécie de planalto rochoso, às vezes parecido com um chapadão seco e duro; o reg, que é uma vasta área de seixos e cascalhos amontoados; e o erg, que faz lembrar um oceano de areia, em que as dunas parecem vagas. Existem também maciços isolados em pleno Saara, alguns deles denotando atividade vulcânica.
Os maciços isolados têm sido reduto de povos nômades e aguerridos, os tuaregues, enquanto os oásis, que surgem em lugares onde aflora a água subterrânea, são preferidos pelos agricultores sedentários.
O Saara tem-se transformado pela influência direta do mundo moderno. Nele foram abertas rodovias e o transporte aéreo liga os lugares isolados.
O Saara possui grandes riquezas minerais e sua exploração é um aspecto muito importante para a economia africana. Há jazidas de ferro, manganês e, sobretudo, de gás natural e petróleo na Argélia e na Líbia. Juntamente com o petróleo foram descobertos também grandes lençóis de água subterrânea, que podem dar início à ocupação humana em muitos lugares despovoados.
O Kalahari – situa-se ao sul da África, sendo cortado pelo Trópico de Capricórnio e caracterizado quase totalmente a Botswana.
A hidrografia – alguns rios africanos figuram entre os maiores do mundo. Entretanto, como vias naturais de penetração, não têm grande importância. Assim acontece porque eles possuem percursos muito irregulares: para atingir o mar são forçados a penetrar pelos planaltos, cortar gargantas estreitas, saltar cascatas e correntezas, e tudo isso dificulta a navegação.
Ao regimes fluviais são variados. Há cursos que são intermitentes, característicos das regiões secas. Os perenes de regime tropical, como o Níger e o Zambeze, apresentam grandes cheias na estação chuvosa e reduzem-se bastante durante o período da estiagem. Apenas os rios equatoriais, como o Congo, fluem abundantemente durante o ano todo.


O Rio Nilo – possui mais de 6.500 Km e é o segundo do globo em extensão. Nasce no lago Vitória com o nome de Nilo Branco e, caminhando sempre para o norte, atravessa a Uganda, o Sudão e o Egito. No Sudão, recebe as águas de seu principal afluente: o Nilo Azul, oriundo do Lago Tana, na Etiópia. Possui outros afluentes. Após atravessar 2 mil Km do Deserto do Saara, o Nilo atinge o Mar Mediterrâneo, desaguando num imenso delta (600km de largura), onde situa duas das maiores cidades da África: o Cairo e a Alexandria.
O período chuvoso, de junho a setembro, marca as cheias, que atualmente são controladas pelas represas de Assua e Assiut.
O Rio Congo – é o segundo do globo em volume de água , após o Amazonas, e o segundo da África em extensão, com 4.600 Km. Nasce em Shaba, na Rep. Democrática do Congo, no Lago Bangüê e recebe as águas do Lago Tanganica. Com regime equatorial, atravessa duas vezes o Equador e deságua no Atlântico, em Angola. Possui um dos maiores potenciais hidroelétricos do mundo; em seu curso médio encontramos as cachoeiras de Livingstone, com cerca de 32 quedas.
O Rio Níger – é considerado o terceiro rio da África, o Níger nasce nos montes Fauta Djalon, no maciço da África Ocidental, e deságua num delta no Golfo da Guiné, na Nigéria, após percorrer cerca de 4.200 Km. Na região do seu delta há grandes áreas petrolíferas (Biafra)
O Rio Zambeze – é considerado o quarto rio da África e o primeiro do Sudeste africano. Nasce em Angola e deságua no canl de Moçambique, após percorrer cerca de 2.600 Km. Conhecido por possuir as famosas cataratas de Vitória, nele encontra-se uma das grandes hidrelétricas africanas: Cabora Bassa, em Moçambique
Além dos já citados, a África possui outros rios importantes, como o,Orange e o Limpopo, na África do Sul, e o Senegal, no Senegal.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

3º ano E. Médio - Questões para serem respondidas.

  • O continente africano sofreu um processo de colonização de exploração.
  • 1. Explique esse tipo de colonização.
  • 2. Dê as principais características da África.

Responda e envie o mais rápido possível, pois os primeiros receberão bônus maiores.

Abraço.

7ª Série - Questões para serem respondidas e enviadas.

  • A latitude é um dos fatores determinantes dos tipos de clima.
  • 1. Explique o que é clima. (pesquise)
  • 2. Diga o que é latitude.
  • 3. Por que os climas do continente americano é influenciado por ela?

Responda e envie o mais rápido possível, pois os primeiros receberão bônus maiores.

Abraço.

2ª Série - Questões para serem respondidas e enviadas.

1. Além dos principais fatores, dois outros, contribuiram para a diminuição da natalidade no Brasil. Esses fatores são o aborto e a desnutrição. Explique por que isso ocorreu.

2. Por que até o século XIX, no caso do Brasil, apenas o crescimento vegetativo é importante para medir o crescimento populacional?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

5ª Série - (entregar até 30/10) Exercícios de fixação referente a aula 14.


5ª Série - Aula expositiva: A litosfera se movimenta - aula 14.








7ª série - Aula expositiva: Climas da América - aula 16







7ª série - aula 16 - Climas da América

16. Os climas da América
O continente americano destaca-se dentre os demais continentes por apresentar em seu conjunto quase todos os tipos climáticos do planeta.
Os fatores determinantes do clima são: latitude, altitude, relevo, continentalidade, correntes marítimas e massas de ar.
a. Latitude: o continente americano se estende no sentido norte-sul, possuindo terras em praticamente todas as zonas climáticas. Em função disso, podemos encontrar no continente americano tipos climáticos bastante distintos:
· Clima polar – no norte do Canadá, onde o verão apresenta médias térmicas que chegam no máximo a 5ºC.
· Clima equatorial – no norte da América do Sul (Amazônia), com temperaturas elevadas, pequena amplitude térmica e chuvas abundantes durante todo o ano.
b. Altitude: as diferenças de altitude também determinam características climáticas. Associando a distribuição das terras americanas em suas formações planálticas e montanhosas, podemos destacar duas regiões americanas: o clima de montanha da região andina, mais especificamente nas áreas de altiplanos e níveis mais altos com neve permanente, e o clima tropical de altitude do Sudeste brasileiro, onde as temperaturas elevadas, típicas do clima tropical, são amenizadas na região das serras (mares de morros)
c. Relevo: o relevo pode constituir um fator determinante do clima, pois as regiões de maior altitude pode barra a penetração de uma massa de ar, o que justificaria a ocorrência de aridez no oeste dos EUA e da semi-aridez no Sertão nordestino brasileiro, visto que o clima dessas duas áreas é influenciado respectivamente pelas Montanhas Rochosas e pela Cadeia da Costa, nos EUA e relevo de chapadas , no Sertão Nordestino.
d. Continentalidade: fator que marca uma distância maior do oceano, resultando em maior amplitude térmica e menor umidade. Inversamente, a maritimidade marca a distância menor do oceano, o que acarreta menor amplitude térmica e maior umidade. Isso pode se compreendido, se tomarmos apenas a posição de uma região no continente, apartada de outros fatores importantes. Assim, podemos observar um clima mais seco nas porções centrais dos Estados Unidos, Canadá (temperado seco) e Brasil (tropical semi-úmido).
e. Correntes marítimas: a ação de uma corrente marítima sobre o clima continental pode ser traduzido da seguinte forma: uma corrente marítima tangencia o litoral de uma determinada região. Se massas de ar provenientes do oceano, úmidas portanto, entrarem em contato com uma massa de ar de temperatura mais baixa, situada sobre a corrente fria, ocorrerá precipitação na porção oceânica e pouca ou nenhuma umidade chegará ao litoral, tornando-o seco ou desértico. É o caso do deserto de Atacama, ao norte do Chile, ou mesmo do clima de chuvas escassas no litoral da Califórnia.
As correntes podem ser quentes ou frias, de acordo com sua procedência. Se sua origem for a região tropical, será quente, e se sua origem for na zona temperada ou polar, será fria.
f. Massa de ar: o clima de uma região é resultado da atuação das massas de ar. As massas de ar têm sua origem associada a zona de alta pressão, ou seja, de temperaturas baixas, e convergem para áreas de baixa pressão, de temperaturas mais altas. As zonas de baixa pressão, como o Mar do Caribe e do Golfo do México, são mais suscetíveis à ocorrência de furações.
Dentre as massas de ar que atuam no continente, podemos destacar os alíseos (ventos) na América Central, que, conjugados às características do relevo, determinam áreas úmidas na face sujeita a sua incidência (barlavento) e nas áreas apostas, de menor umidade (sotavento)
Na Mesoamérica, há grande variedade de paisagens tropicais. Ao norte do Trópico de Câncer, há uma zona muito seca, no México, que se prolonga em faixas, de acordo com a altitude: terras quentes, temperadas e frias.
Ao sul do istmo e nas Antilhas, os ventos alíseos são os responsáveis pela imensa umidade e densa vegetação, ao lado do barlavento, e por poucas chuvas e vegetação rala, no sotavento.
O Golfo do México é uma área permanentemente ciclonal e, por conseqüência, sujeita à ocorrência de furacões, pois da região amazônica para o norte, as médias térmicas atingem 25ºC, influenciando na manutenção de elevadas temperaturas das águas superficiais do Atlântico, junto ao mar do Caribe.
Características dos principais climas da América:
a. Clima temperado frio – no centro-norte canadense com inverno rigorosos e prolongados, favorecendo a formação da floresta aciculifoliada de coníferas.
b. Clima temperado continental – no centro dos EUA, Canadá e Argentina, com as quatro estações bem definidas, poucas chuvas no verão, invernos frios e secos, favorecendo a formação de pradarias e estepes.
c. Clima tropical – quente e úmido, chuvas concentradas no verão e estiagem no inverno, favorecendo a formação de florestas tropicais nas áreas mais úmidas e savana ou cerrado no interior do continente.
d. Clima equatorial – no centro norte da América do Sul, quente, pequena amplitude térmica e elevada pluviosidade durante a maior parte do ano, favorecendo a formação de florestas latifoliadas.
e. Climas áridos e semi-áridos – são resultantes da combinação entre a formação de correntes marítimas frias que tangenciam o continente banhado pelo Pacífico e a presença de cadeias de montanhas que impedem a invasão de massas de ar úmidas do Oceano Atlântico. Assim, a corrente fria da Califórnia e as montanhas rochosas favorecem a formação de desertos do sudoeste dos Estados Undios e noroeste do México, enquanto a corrente de Humboldt e a Cordilheira dos Andes favorecem a formação do deserto de Atacama no norte do Chile.