segunda-feira, 24 de novembro de 2008

2º ano E. Médio - Os setores de atividades econômicas - aula 19

19. Os setores de atividades econômicas


A parcela da população de um país que trabalha ou que está procurando serviço é designada população economicamente ativa; portanto, está voltada para o mercado de trabalho e inclui a população ocupada e os desempregados. a parcela que não trabalha e não está empenhada na busca de emprego denomina-se inativa e inclui as crianças, aposentados, estudantes e as mulheres que exercem funções domésticas não remuneradas.
A população economicamente ativa se divide pelos três setores de atividades econômicas:
· O primário – que inclui as pessoas que trabalham nas atividades primárias (agricultura, pecuária e extrativismo);
· O secundário, que inclui todos aqueles que trabalham em indústrias;
· O terciário, que inclui o conjunto de pessoas que prestam serviços no comércio, em bancos, no serviço público, em seguros, no serviço médico-hospitalar, na educação, em comunicações, etc.
Como se verifica nessa divisão, o setor primário é basicamente rural e os setores secundário e terciário são principalmente urbanos.
O setor primário abrange grande porcentagem da população ativa nos países pouco industrializados, como o Uganda (80% do total), Nigéria (65%) e Tailândia (63%). A medida que o país se industrializam, diminui essa porcentagem e aumenta as dos setores secundário e terciário, havendo em alguns países pequena parcela da população ativa no primário, como na Suécia (5,5%), nos Estados Unidos (2,9%) e no Reino Unido (1%).
O setor secundário era considerado o mais importante pelo menos até os anos de 1970, no auge da Segunda Revolução Industrial, tradicionalmente, ele é considerado o que indica o peso da indústria na economia do país. Assim, todo país muito industrializado já chegou a ter um mínimo de 30% de sua população economicamente ativa no setor secundário. Com a Terceira Revolução Industrial em andamento, acompanhada por intensa robotização, essa porcentagem vem diminuindo bastante nos países desenvolvidos.
Muitas profissões importantes, até os anos de 1970 – como inúmeras no setor metalúrgico, por exemplo – hoje em dia estão em via de extinção, pois as máquinas já fazem o serviço melhor que os trabalhadores com nenhuma ou pouca especialização e produto final, na maioria dos casos, sai até mais barato.
O setor terciário é o mais complexo e problemático dos três, pois é muito amplo, engloba atividades muito diversas e, às vezes, até discrepantes, tanto atividades modernas (setor financeiro, firmas que elaboram programas para computadores, assessorias diversas, universidades, etc.) quanto atividades

tradicionais (camelôs, biscateiros, subemprego). Nos países desenvolvidos, esse setor é grande e vem crescendo cada vez mais: nos Estados Unidos, por exemplo, empregava 60% da população economicamente ativa em 1980 e 73,5% em 2000; no Reino Unido, empregava 57% da força de trabalho total em 1980 e 77% em 2000.
Esse é o grande setor do futuro, que deverá empregar a maioria da população mundial no decorrer do século XXI, pois o meio rural moderno necessita de pouca mão-de-obra e o setor industrial vai sendo robotizado.
Generalizando, podemos afirmar que, nos países desenvolvidos, o setor terciário é constituído por pessoas muito especializadas, normalmente com curso superior. Nos países subdesenvolvidos, coexistem um setor terciário moderno e um arcaico, fruto de intenso crescimento urbano sem a geração de empregos no mesmo ritmo, isso ocasionou uma série de atividades denominadas subemprego. Esse fato, denominado hipertrofia do setor terciário, vem aumentando consideravelmente no Brasil
Segundo dados do IBGE, em 2000 a população economicamente ativa era de cerca de 87 milhões (48,5% da população total). Mas é provável que as pessoas que efetivamente trabalham representem bem mais que 48,5% do total, já que é comum o trabalho não registrado em carteira – caso de menores de idade, de inúmeros trabalhadores rurais ou até de empregadas domésticas, por exemplo.
A população ocupada no setor primário, vem sofrendo uma diminuição, pois em 1980 esse setor empregava cerca de 30% da força de trabalho e, em 2000, 24,2%. Isso se explica pela progressiva mecanização das atividades agropecuárias, o que implica menor necessidade de mão-de-obra. No entanto, apesar de ter perdido a sua antiga supremacia econômica, esse setor ainda continua empregando muita mão-de-obra, em comparação com os países desenvolvidos. Também no setor secundário observa-se redução da mão-de-obra empregada, pois em 1985 ele abrangia quase 24% da força de trabalho. Isso indica uma modernização industrial com mecanização das tarefas, pelo menos em algumas áreas. O setor terciário apresenta grande crescimento: em 1940 empregava 19,8% da força de trabalho, 33,3%

Um comentário:

Anônimo disse...

Professor onde esta a materia do dia 3/03/2011