terça-feira, 11 de novembro de 2008

3º ano E.Médio - O comércio internacional - aula 20

20. O COMÉRCIO INTERNACIONAL

O comércio internacional é a troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande parcela do PIB. O comércio internacional está presente em grande parte da história da humanidade (ver rota da seda), mas a sua importância econômica, social e política se tornou crescente nos últimos séculos. O avanço industrial, dos transportes, a globalização, o surgimento das corporações multinacionais, tiveram grande impacto no incremento deste comércio. O aumento do comércio internacional pode ser relacionado com o fenômeno da globalização.
Nas últimas décadas, o comércio exterior brasileiro modificou-se muito. Até por volta de 1960, o país era um tradicional exportador de produtos primários – alimentos e menérios. Hoje, a nossa pauta de expotações diversificou muito, vendendo ao exterior cada vez mais produtos industrializados e semimanufaturados – calçados, suco de laranja, produtos têxteis, óleos comestíveis, bebidas, alimentos industrializados, caldeiras e apaelhos mecânicos, armamentos, alguns produtos químicos, material de transporte e até aviões.
Em 1960, os produtos industrializados e semi-manufaturados representavam menos de 5% das exportações brasileiras. Em 2000, já chegavam a cerca de 65% do total. Esse é mais um indicador da modernização e dindustrialização do Brasil.
Os principais mercados para os quais o Brasil exporta seus produtos são: países da União Européia – especialmente Alemanha, Itália, França, Espanha e Holanda –, Estados Unidos, Argentina, Japão, Paraguai, Uruguai, México, Chile, China, Taiwan, Coréia do Sul e Arábia Saudita.
O quadro das importações também se alterou. No passado eram quase exclusivamente de bens manufaturados. Hoje, mais de 40% são de matérias-primas, especialmente de petróleo (adquirido em países do Oriente Médio, na Venezuela, Nigéria e China), trigo, carne, alguns metais, além de artigos de informática e telefonia, maquinas e motorres, material elétrico, produtos químicos e farmacêuticos,, adubos e fertilizantes, tratores e peças de bens eletrônicos, etc. Nossos principais parceiros comerciais para as importações são Estados Unidos, países da União Européia (especialmente Alemanha, Itália e França), Argentina, Arábia Saudita, Japão, Venezuela, México, Uruguai, Chile, China, Kuwait e Nigéria.
Em parte, houve uma alteração nas relações de trocas desvantajosas do país. Essa mudança tem um especto positivo inegável: é muito mais vantajoso exportar produtos industrializados, já que eles têm preços maiores em comparação com as matérias-primas e tendem a se valorizar cada vez mais com o decorrer do tempo.
Mas os produtos industrializados mais valorizados, via de regra, são aqueles com muita
tecnologia agregada, isto é, produtos sofisticados tecnologicamente: computadores mais aprimorados, certos automóveis e aviões, softwares mais complexos, remédios que exigiram maiores pesquisas, etc. E as exportaçdões brasileiras de manufaturados, em geral, não são de produtos com tecnologia sofisticada (excetuando os aviões), mas rudimentar ou, no máximo, intermediária: frangos e carnes cozidos e embalados, sucos, calçados, bebidas, cigarros, móveis, ferro fundido e aço, chapas e peças de alumínio, máquinas e veículos mais simples, etc.
Na realidade, esse aumento no volume de bens manufaturados nas exportações brasileiras não se deveu tanto à qualidade desses produtos, mas, principalmente, aos seus preços competitivos no mercado internacional. E isso decorre em grande parte dos baixos salários pagos para produzi-los. Isso quer dizer que a competitivodade dos nossos produtos manufaturados, en geral, não tem por base a tecnologia agregada, como ocorre com os produtos dos países desenvolvidos, mas os salários internacionalmente baixos.
Assim, essa exportação de manufaturados ainda não conseguiu inverter a desvantagem que o país leva em suas trocas comerciais com as economias desenvolvidas: os produtos importados em média continuam custando mais que os exportados.
Vendemos automóveis ou motores e peças para determinados países (Argentina, Paraguai, Chile, Nigéria, Uruguai, etc.), mas continuamos importando esses mesmos produtos, mais sofisticados e mais caros, dos Estados Unidos, do Japão, da Alemanha ou da França. Dessa forma podemos concluir que a relação comercial desvantajosa diminuiu, mas, pelo menos com os países do Norte, continuam a existir.
Além do aumento nas exportaçdões de bens industrializados, outra importante modificação vem ocorrendo no comércio exterior brasileiro: um maior intercâmbio com os países do Terceiro Mundo, em especial com nações da América do Sul.
Até por volta de 1960, a maioria dos produtos exportados e importados pelo Brasil tinha como parceiros privilegiados os Estados Unidos, em primeiro plano, e a seguir os países europeus ocidentais e, mais remotamente, o Japão.
Esses países ainda são importnates parceiros comerciais do Brasil, mas houve um decréscimo relativo: nos anos 1960, os Estados Unidos ocupavam mais de 50% do total das exportações e importações do país; em 2000, essa porcentagem já havia diminuido para 22%, aproximadamente. E países subdesenvolvidos que há cerca de trinta anos pouco comercializavam com o Brasil – Como Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Venezuela, Nigéria – hoje ocupam posições de crescente destaque em nosso intercâmbio com o exterior.

Um comentário:

christiane Lima disse...

mercosul tem sido um fracasso ou sucesso,mesmo que relativo, me explique porque?